terça-feira, 27 de novembro de 2012

Modelos de Lanchas - Qual escolher ?


Escolher a primeira lancha nem sempre é fácil, especialmente para quem é novo no mundo náutico. Para ajudar àqueles que estão pensando em comprar seu primeiro barco, conversamos com Marcello Branchini daAloisio Broker, e pegamos algumas dicas sobre quais as vantagens de cada modelo de embarcação.

Proa aberta ou cabinada

Quem optar por uma lancha pequena pode ficar na dúvida entre um modelo com proa aberta ou com cabine. Branchini afirma que a escolha vai depender da destinação que será dada ao barco, além do clima e o local onde ele ficará hangarado.
A proa aberta é para quem faz passeios mais curtos e não pretende dormir a bordo. Uma de suas vantagens é que o espaço extra na proa permite acomodar mais pessoas.
Já uma cabinada pequena é perfeita para passeios de um dia ou final de semana, oferecem mais conforto principalmente quando se tem crianças pequenas e idosos a bordo.
As cabinadas médias e grandes são para quem passa dias no mar, navegando ou aportado em algum ponto. “Geralmente são barcos completos com ar condicionado, gerador, boiler de água quente, cabines e suítes, sala de estar, equipamentos de som e imagem, sala de jantar e cozinha, espaço para churrasco, solário etc.,” explica Branchini.
Quando falamos das cabinadas grandes, Marcello brinca que elas são verdadeiras casas, com jardins e piscinas a perder de vista.

Fly bridge

O fly não é um item essencial num barco, mas para quem gosta de espaço faz toda a diferença, já que ele cria um novo ambiente na lancha. “E, ainda, permite ao comandante uma visão privilegiada de sua navegação, pois todos os equipamentos de navegação repetem-se no fly,” completa o broker.

Offshore

“O proprietário de uma offshore é um jovem, independente da idade que tenha,” garante Branchini. As lanchas do modelo são rápidas, têm motores potentes e navegam em média com o dobro da velocidade das convencionais, sem abrir mão do conforto.
O broker comenta que muitos dos que escolhem uma offshore são pessoas com casas de praia em lugares afastados e não gostam de perder tempo enfrentando congestionamento em estradas e fazendo trajetos muito longos, por isso preferem ir até a marina e seguir viagem de barco.
Marcello exemplifica com o caso de alguém que mora em São Paulo e quer ir à Ilhabela, para onde pode enfrentar até oito horas no deslocamento, por causa do trânsito. “O proprietário da offshore não passa essa agrura! Desce em duas horas, mesmo com trânsito, para a Baixada Santista (Guarujá, Santos, São Vicente) e ali mesmo comaça seu passeio. Toma sua offshore e em mais ou menos uma hora está na Ilhabela. Sem estresse e se divertindo.”

Pesca

“As lanchas de pesca, com seus calados mais profundos possibilitam uma navegação menos turbulenta e mais segura em mar aberto, podendo passar horas, e até dias sem terra firme por perto,” explica Branchini. E garante que o conforto do proprietário não é comprometido, pois os estaleiros são atentos às necessidades dos seus consumidores.
O luxo e a sofisticação do barco ficam ao gosto do cliente, mas os espaços para armazenagem, guarda-tralha e suportes são parte imprescindível na embarcação de um pescador.
A maior vantagem do modelo é a navegação segura. Geralmente os barcos saem muito cedo e navegam 50, 100 milhas mar adentro, nem sempre sabendo o que pode encarar mais tarde. “São barcos que se dão bem mesmo em águas não abrigadas,” completa o broker.

Multicasco

O conforto da navegação e o espaço interno são os destaques dos multicascos. A lancha é mais estável, aderna menos, e permite uma área útil maior, mas isso tudo depende de um bom projeto. “Erros de projeto podem inutilizar toda a construção de uma embarcação, no multicasco isso é crítico, ele é menos tolerante a falhas de projeto. Se um multicasco nascer ruim, não há o que lhe dê jeito,” explica Marcello.

Madeira, alumínio ou fibra

Quem já ouviu o dizer “barco de madeira 100 anos, barco de alumínio 50 anos, barco de fibra 30 anos”? Os materiais usados nos cascos pesam muito na qualidade do barco (e no preço), mas Marcello diz que a evolução de compostos e as técnicas de infusão e laminação de hoje colocam os materiais quase no mesmo patamar de qualidade.

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